O GNU/Hurd é um microkernel, com quase 30 anos de estrada.
Apesar deste tempo, ainda não chegou a uma versão estável — ou seja, apropriada para um ambiente de produção.
Há discussões, Internet afora, sobre o porquê deste projeto ainda não ter lançado uma versão estável — o que me dispensa de fazer esta discussão aqui. 😉
É possível experimentar este kernel dentro de distribuições, como o Debian e o Arch.
O Debian, é uma das distribuições GNU/Linux que oferecem opções de kernel alternativo. Por exemplo, o kernel do FreeBSD é também uma opção viável para usar no Debian.
Neste post, vamos manter o foco na versão do Debian, que roda com o kernel Hurd.
Parto do pressuposto de que você já tem o QEMU/KVM instalados aí.
Caso contrário, instale-os:
sudo apt install qemu qemu-kvm
Você pode fazer o download de uma imagem do Debian GNU/hurd, com o comando wget:
wget http://people.debian.org/~sthibault/hurd-i386/debian-hurd.img.tar.gz
Esta imagem pode ser usada dentro do QEMU ou do KVM, para iniciar uma estação com o Hurd dentro dela.
Feito o download, extraia a imagem:
tar -xz < debian-hurd.img.tar.gz
Em seguida rode a imagem com o kvm:
modprobe kvm
kvm -m 1G -drive cache=writeback,file=$(echo debian-hurd-*.img)
Para se autenticar, use o username "root", com a senha em branco.
Sua máquina virtual Hurd tem suporte a Python, Perl e Bash, sem precisar adicionar nada.
Você também pode instalar novos softwares através do apt.
Mesmo sendo "um pouco" limitado, ainda dá para brincar bastante com o ambiente.
O Hurd é comumente usado por estudantes de computação, como forma de aprender melhor sobre como construir um kernel.
Quando quiser finalizar a máquina virtual, use o comando 'shutdown -h now'.
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Referências
https://www.debian.org/ports/hurd/.
https://www.gnu.org/software/hurd/.