Todo carregador de smartphone, homologado pela Anatel, possui informações sobre o valor da corrente de entrada suportada e sobre os valores de saída.
Os mais comuns, tem valor de entrada ou input de 100 – 240V — ou seja, têm seleção automática dentro desta faixa e podem ser plugados em qualquer tomada residencial padrão no Brasil.
Já a saída ou output, costuma ter valor próximo a 5V (Volts) e alguns mA (miliamperes).
Como os carregadores são pequenos, estas informações costumam ficar dentro de um pequeno quadro, desenhado no corpo do dispositivo, em letras miúdas.
Se você tiver vários carregadores em casa, poderá notar que uma destas informações terá muitas variações, de um dispositivo de carregamento para outro: a saída em miliamperes.
Pessoalmente, tenho 5 carregadores de celular em casa e todos eles são diferentes neste sentido: de 0,350 mA a 2,1 mA.
Antes de continuar a leitura, tenha em mente que os testes que realizei funcionaram para mim e eu não posso dar qualquer garantia de que funcionarão para você. Portanto, só estou relatando a minha experiência e o que aprendi com ela e com a leitura que fiz sobre o assunto.
- Aplique o conhecimento deste artigo, por sua própria conta e risco.
- Leia o manual do seu aparelho e respeite as limitações que ele lhe impuser.
- Se não souber o que está fazendo, não faça.
Se você quiser estar do lado seguro, use apenas o carregador padrão que veio junto com o seu aparelho.
As questões que pretendo analisar e responder (e com as devidas explicações) é se há alguma forma de carregar mais rápido o smartphone ou o tablet.
O processo pode ser mais eficiente, sem abrir mão da segurança?
As especificações da alimentação USB
Os notebooks atuais podem carregar uma bateria de celular, através de qualquer uma de suas conexões USB.
O tempo de carga varia em função do padrão usado:
- O padrão USB 1.0 e 2.0 provê uma fonte de alimentação de 5 V, com um fluxo máximo de 500 mA.
- O padrão USB 3.0 mantém a alimentação elétrica de 5 V, com a possibilidade de chegar a um fluxo de 900 mA.
O ampere é uma medida de fluxo, não de potência.
Uma analogia muito usada é a da torneira da sua casa. A água chega com uma determinada potência até a sua torneira.
O que a torneira faz é controlar o fluxo de água para você usar.
Da mesma forma um carregador inteligente determina qual o fluxo que ele pode receber da tomada e, de acordo com as necessidades da bateria, repassar para o seu celular.
A bateria do seu smartphone pode abrir a torneira de energia da porta USB do seu notebook livremente, desde que dentro dos limites de cada tecnologia, como foi dito acima.
O que pode acontecer é que um tablet, ao ser usado, consome energia em um fluxo maior do que a porta USB pode fornecer. Portanto, ou você para de usar o dispositivo enquanto o carrega ou vai ver a carga da sua bateria diminuir lentamente — apesar de estar carregando.
Portanto, se você precisa carregar um dispositivo pela porta USB, o ideal é que ele esteja desligado ou sem uso — ou vai demorar mais para carregar.
As especificações da alimentação por carregador
Os carregadores atuais trocam informações com a bateria do seu celular e não mantém o fluxo de carga contínuo.
Ainda que o carregador tenha capacidade de fornecer 3000 mA, ele não usará esta capacidade constantemente. Na verdade, costumam fornecer a carga a um fluxo baixo e lento, até chegar próximo a 80% de carga da bateria.
Entre 80% e 100%, ele “abre mais a torneira” e a carga ocorre mais rápido.
Quando chega aos 100%, o carregador diminui o fluxo e a carga se torna suave o suficiente apenas para manter a bateria próxima do nível da carga total.
Posso usar uma amperagem maior do que a do carregador padrão do meu aparelho?
Como já foi dito, na troca de informações entre bateria e carregador, fica determinado o fluxo de corrente a ser usado durante as várias etapas da carga.
Veja o exemplo:
- 1 carregador de 5 Volts e 2000 mA
- 1 bateria de 3,3 Volts e 700 mA
A bateria irá receber os 5 Volts. Mas só irá “abrir a torneira do carregador” até os 700 mA.
Veja bem, é a bateria quem determina o fluxo aceitável.
Um carregador com amperagem de 3000 mA continua útil, se você puder ligar mais de um aparelho nele. Dá pra carregar 3 Motorola Moto G, com folga e ao mesmo tempo, com um carregador desta capacidade.
Você poderá ter problemas nos seguintes casos:
- Usar carregador com voltagem (V) muito superior ao da bateria — Use sempre a mesma voltagem do carregador original. Na dúvida, consulte o manual ou o site do fabricante. Você pode explodir, queimar a bateria ou simplesmente reduzir sua vida útil, se não observar esta regra.
- Usar um carregador com voltagem abaixo da indicada pelo carregador original do aparelho — embora não cause danos, a carga pode não acontecer ou demorar muito mais.
- Usar um carregador com a mesma voltagem do carregador original (o que é correto), com amperagem muito inferior a da bateria ou à que se encontra indicada no carregador original — a bateria vai “puxar” um fluxo acima do que o carregador está preparado. Pode demorar mais para carregar ou não carregar e, de quebra, sobrecarregar e danificar o carregador.
Mesmo os carregadores de procedência “duvidosa”, encontrados nos camelôs, fazem cargas inteligentes — que começa lenta e termina rápida — suavizando após a carga total, apenas para manter o nível em 100%, evitando a sobrecarga.
Por este motivo, é seguro deixar o aparelho carregando na tomada, enquanto você dorme. Os fabricantes sabem que todo mundo faz isto e que todos gostamos de acordar e ver nosso aparelho “cheio de energia”.
Vale a pena adquirir um carregador portátil?
Às vezes chamados de bateria de backup ou Fast Charge Battery Pack, os carregadores portáteis são uma boa idéia. Costumam ter uma amperagem alta, para atender a um grande número de equipamentos e tipos de baterias.
Alguns fabricantes, chamam a “amperagem” de “velocidade de carga”.
Os conceitos estão relacionados, mas não são a mesma coisa, convenhamos.
Note que a unidade de medida dos carregadores é mAh — ou seja, miliamperes por hora.
Há, no mercado, carregadores portáteis com capacidade superior a 9000 mAh. Isto permite carregar um aparelho em meia hora ou menos, se a bateria aceitar este fluxo.
Alguns carregadores portáteis, permitem ser carregados ao mesmo tempo em que alimentam uma bateria ou mais.
O cabo USB pode influenciar?
Definitivamente, sim.
O cabo USB utilizado para conectar o PC/notebook ou o carregador “de parede” ao smartphone pode ter influência decisiva na eficiência de recarga da bateria.
Alguns cabos são de má qualidade ou simplesmente não são projetados para transmitir um fluxo de carga necessário para carregar a sua bateria.
Quando isto ocorre, o aparelho pode ficar “dias” conectado, sem carregar. Ele entra, no máximo, no modo de “transmissão de dados”.
Se isto acontecer troque o cabo por outro mais eficiente.
Conclusão
Use sempre o carregador original do seu aparelho e evite carregá-lo via porta USB. Se o fizer, use a porta USB 3.0 (ou superior).
A maneira mais rápida e segura de carregar seu dispositivo móvel é com ele desligado.
Na emergência, pode usar o carregador do seu amigo, mesmo que seja de outra marca, sem medo. É seguro. Só não é o ideal.
5 replies on “Como melhorar a eficiência da carga da bateria do seu celular ou tablet”
Meu caro Elias, valeu por sua iniciativa, mas permita-me dar uns pitacos, aqui nos comentários.
Primeiro, sobre a história do “carregador”: não devemos denominar assim, na verdade trata-se de fontes de alimentação.
A “tal” carga d bateria acontece internamente nos dispositivos q tem 1 software responsável p controlar a entrada d corrente e medição da tensão e carga da bateria.
Tudo isso é feito pelo Smartphone ou tablet.
Geralmente a carga é feita c mais potencia até os 60% e depois cai p carga “lenta”.
Usar uma fonte Original leia-se Homologada pela Anatel é verdadeiro, mas pode ser compartilhada entre outros modelos de outros fabricantes.
Isso quer dizer q uma fonte original motorola serve p dar carga em aparelhos samsung, lg entre outros.
Só não deve usar fontes desconhecidas e d origem idem.
Perfeita a sua observação sobre os cabos, eles são decisivos na hora de manter a tensão nominal entregue pela fonte.
Sugiro q comprem cabos adicionais de qualidade comprovada e usem em condições específicas.
Tenha 1 em perfeito estado em sua mochila ou no carro d uso exclusivo, e outro em casa .
Manusear os cabos excessivamente pode facilmente comprometer seus conectores e extremidades e surgir mau contato e falhas na transmissão d energia.
Esse aviso é mais importante ainda p usuários Apple, aqui não adianta usar cabinho genérico!
As benditas portas USB usadas p energizar as baterias são 1 caso a parte.
A versão 1.1 foi a implantada e não 1.0 mas mesmo para os padrões da época os tal USB1.1 era limitadíssimo e só a versão 2.0 é q serve p dados e energia.
De fato só sai 500 mAh dessas portas e teoricamente dá p fazer o serviço mas com ressalvas como vc disse.
Existem opções de apps para PCs que otimizam o carregamento de celulares, vale a pena pesquisar.
E claro, se o equipamento que estiver cedendo a porta USB estiver funcionando o tempo todo, nesse caso plugado na tomada. Caso contrário acho difícil a porta soltar a carga necessária.
É isso meu camarada, abraços e obg!
Ótima dica, você sabe se funciona no iphone?
Não sei, porque não testei.
Mas os princípios tendem a ser os mesmos.
Muito bem explicado, parabéns!
Boa descricao tecnica,parabens!